segunda-feira, 4 de abril de 2011

Abu Dhabi


























































O Canto do Rouxinol


Há um rouxinol que canta sem parar
veloz na madrugada do tempo
na linha onde se apaga o caminhar
onde se tocam as luas a estrelar
e se soltam no vento
loucuras transparentes
onde sibila a nostalgia a segredar
algodão branco revestido de nudez
num desenho de côr inocente
brilhando num feixe de luz intensa
num projecto de viva lucidez
chuva alva de claridade imensa
canta leve num suave despertar
faz o trigo crescer sob o orvalho
e as uvas esconder no nevoeiro
traz o sol      o sonho     o  deslizar
a mágica subtil da música florida
a nota final duma papoila dolorida,

um copo de água fria açucarada
uma rosa    branca e fresca    perfumada.


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