segunda-feira, 4 de abril de 2011

O meu coração é árabe

قلبي العربية




“O meu coração é árabe, inspirado no livro do mesmo nome de Adalberto Alves, é a partida para uma pequena viagem aos Emirados Árabes Unidos, que de árabes têm tudo e não têm nada, é a resposta que sempre me chega.

A verdade é que os Árabes têm um peso enorme na nossa civilização. Eles fazem parte do nosso passado, quer queiramos ou não e eu tenho uma admiração enorme por esse povo e por essa cultura, tão rebelde quanto pacífico, tanto vencedores quanto derrotados, tanto humildes como reis.

Por toda a parte à nossa volta, há vestígios da sua identidade, marcas da sua linguagem, sangue que corre nas nossas veias e por tudo isso e muito mais, sem dúvida alguma,


o meu coração é árabe


(Março/2011)

Dubai


 “Adorarás o Senhor teu Deus
e amá-lo-ás sobre todas as coisas”
está escrito...

maktub

nas laranjeiras carregadas de flor
para os amantes que brindam o amor,
no sol que brilha sobre o mar,
que se espelha na limpidez do teu olhar

maktub

na solidão que agoniada foi embora
esgueirando-se no correr de pouca água
num campo deserto onde chora a sua mágoa
na espera de outro dia, outro tempo, outra hora

   
    O malmequer é branco e suave
e como o navegar tranquilo de uma nave
    as suas pétalas flutuam devagar
ao sabor do tempo, sem nunca parar

                                         maktub

















































Eu não estou só.
Só, eu não existo.
Faço parte do todo, por isso nunca estou só.
Eu não posso ter medo de estar só. Eu não posso ter medo da solidão.
A consciência da solidão é fruto da imaginação fora de contexto. Todavia, o confronto com a solidão é inevitável, nem que seja para o reconhecimento dos seus parâmetros de relatividade.
A existência é infinita, estendendo-se pela eternidade. Jamais se extingue. Portanto, jamais alguém está só.

E quando tudo acabar,
ainda que sob pretexto de um sentimento e nunca de um facto, tenho-me a mim. Não posso esquecer que sou parte integrante de um todo. Nada é singular, único, exclusivo. Seria a negação da existência. Existe o que existe. Existe tudo e eu uma parte de tudo. Existo na eternidade com a mesma potencialidade que qualquer outro ser. 

E quando tudo acabar,
ainda que só como produto duma mera fantasia, há sempre, se não há, houve e isso já basta para dar autenticidade à tese da negação da solidão, um pai, um filho, um irmão, um afilhado, um sogro, avós, bisavós… que podem até não estar visíveis, mas coexistem, sendo parte da eternidade, com a mesma afirmação que eu. É impossível negar, por mais que eu queira. Negar é destruir a existência do eu, a qual é indestrutível. Portanto, eu existo, como todos os que existem antes e depois de mim. E a cadeia da existência não finda nunca. Existe sempre, algures no meu caminho, por mais distante que pareça, um mestre, um amigo, um companheiro, um vizinho, um discípulo, um livro, uma árvore, uma flor, uma música, uma lua, um sol, um pássaro… que eu não posso ignorar, porque precisa da minha existência tanto quanto eu da dele. Eu existo e não estou só.





















O mundo da luz
Breve e eterno

Com a qualidade do que é efémero
E a beleza do que é infinito















































A Liberdade não é uma conquista, nem um desafio, nem um passatempo.
A Liberdade é um Dom.







































































































































































     As Nuvens do Infinito...


embaladas na distância
por um vento a flutuar,
portadoras da arrogância,
num vendaval de arrepiar,
levam o jeito da importância
e o sonho da ignorância

são desejos a brilhar
das lágrimas no teu olhar,
cantam a tristeza e a saudade
ao abrigo da solenidade

as nuvens do infinito
perdem-se na memória
                                     do tempo sem calendário
navegam sem peso, sem conteúdo,
                                      “ presas”    do imaginário.






Saudade,
Saudade eterna,
Saudade infinita…

Os ventos a levam, os ventos a trazem.
A chuva a engole, o sol a queima.

Saudade
Saudade,  não sei de quê.

Um destino, um desafio.
Uma cadeira, um lugar vazio.
Uma sala escura e sombria,
Uma gota de monotonia,
Uma vala de água a correr
Sem saber aonde ir ter.
E a saudade,
Sempre a saudade,
Ao lado e ao pé de todos.

Saudade
Saudade infinita
Saudade eterna…

De tudo o que não voltará,
Da gente que não regressará,
De tudo o que nunca existiu,
Das coisas que ninguém viu.
Dum amor que ninguém teve.
Da verdade que ninguém ouviu.


















































































(A página abaixo foi pesquisada no google, por falta de imagens minhas)

A maior fonte do mundo:The Dubai Fountain: Sama Dubai (Opener) Shot/Edited with 5 HD Cameras - 1 of 9 (HIGH QUALITY!)